De modo geral, no relacionamento entre mãe e filhos, existem queixas e lamentações de ambos os lados. Os filhos crescem e querem liberdade irrestrita para ganhar o mundo, as mães são condicionadas á sacrificarem anos da sua juventude, quantas vezes renunciando a própria vida em prol dos filhos, para no final da vida, doentes e desgastadas necessitarem angustiadamente da consideração e dos cuidados filiais... que quase sempre falham...ou inexistem.
E por que precisa ser exatamente assim, o modelo materno de começo, meio e fim, na história do mundo, ora com desfechos generosos, ora com desfechos dramáticos...
Por que as mães não se preparam para a previsível possibilidade, de alcançar a velhice totalmente incapacitadas de cuidar das próprias necessidades básicas?
Mãe inteligente pensa, projeta mentalmente o futuro, e reconhece que o protegido lar, inevitavelmente será um dia, apenas um outro ninho vazio...os filhos crescem ganham asas e vão cuidar do próprio destino.
Cabem aqui algumas questões desafiadoras. Filhos são investimentos de risco? As mães devem abandonar os seus sonhos de crescimento intelectual, profissional, e independência econômica? É possível ser autêntica, seguir o coração e não magoar os filhos? Dá para a mãe não violentar os seus desejos, ouvir as suas vontades e verdades, fazer escolhas ao seu favor, sem ser taxada de mãe ausente, egoísta ou incapaz de educar adequadamente os filhos? No contexto social vigente, provavelmente não. Quando a mãe quer ser verdadeira tem seu ônus. Mãe que pensa em si mesma no futuro corre o risco de ser apedrejada...
Mãe inteligente come fogo, paga um preço muito alto quando escolhe seguir sua consciência e seu coração.
Como equilibrar estas duas forças? Criar adequadamente filhos e não se descuidar do seu aprimoramento mental e emocional.
Mãe é pessoa, precisa crescer , jamais "emburrar", se atualizar sempre!
A mãe é mulher, sente, pensa em suas necessidades, mas, é sempre questionada, criticada, e julgada mesmo que seus pensamentos e atitudes tenham clareza de propósitos.
Mãe que tem objetivos extra-familiares é o começo de tudo que virá cair sobre as suas costas. Será sempre assim, sua culpa, sua culpa, sua máxima culpa...E por que?
O que qualquer pessoa inteligente e criativa quer alcançar? Estabelecido isso não é preciso ir muito longe para descobrir se os objetivos de uma mãe inteligente e criativa são comuns aos indivíduos que possuem idêntica competência.
Mães e filhos podem crescer juntos? Se não for possível, a quem devemos priorizar? Qualquer resposta que exclua o direito de ambos é pura injustiça.
As mães que abandonam o crescimento da própria vida, correm o sério risco de ser excluídas pelos orgulhosos filhos bem qualificados que as olham na velhice com indiferença...ou com um mixto de pena e tédio.
Somente a mãe que aprende a se conhecer melhor pode identificar o que é melhor para ela já, e assim estabelecer limites para as circunstâncias familiares ao seu redor. Isso nunca é fácil. Requer percepção do tempo presente e projetos para o futuro.
Mães racionais e com amadurecimento, tomam decisões práticas e justas. Sabem priorizar de acordo com as contingências familiares sem se magoar os magoar os filhos. Difícil? Sim! Afinal, expectativas e necessidades existem dos dois lados.
O tempo passa rápido, e o mínimo que qualquer mãe racional pode fazer é respeitar os seus sentimentos hoje!
(SME)
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