quarta-feira, 28 de abril de 2010

***** MÃES DA PRAÇA DE MAIO E DE ACARI, ETERNO AMOR INCONDICIONAL



Amor de mãe é eterno, por isso, ainda são milhares as mães da Praça de Maio. Elas são mulheres guerreiras, que se reúnem na Praça de Maio, Buenos Aires, para exigirem notícias de seus filhos desaparecidos durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983). Alguns pais, considerados subversivos, tiveram seus filhos retirados de sua guarda e colocados para a adoção durante os cinco anos de ditadura. Quando acabou a ditadura, muitos filhos estavam sob guarda de famílias de militares.
Dentro do contexto histórico, as Mães da Praça de Maio, primeiro foram lideradas por sua fundadora Azucena Villa flor que foi assassinada pelas tropas de segurança da Ditadura Argentina e depois por Hebe de Bonafini a Comandante insuperável, com Juanita, Nora, Esther, Estela e milhares de outras corajosas e determinadas mães que exigiam saber onde estavam seus filhos.
Estas mulheres Incríveis e tão bem formadas, tem a mesma fibra divina das dignas "Mães de Acari do Rio de Janeiro".
Como informação histórica, a 'Chacina de Acari', como ficou conhecida, ocorreu no dia 26 de julho de 1990, quando onze pessoas, dentre elas sete menores,moradoras da favela do Acari no Rio de Janeiro, foram retiradas de um sítio em Suruí, no bairro do município de Magé, onde passavam o dia, por um grupo que se identificava como sendo policiais.Os sequestradores queriam jóias e dinheiro, e após supostamente negociarem a sua libertação por meio de um pagamento, durante cerca de uma hora, segundo a única testemunha do caso, Dona Laudicena, já falecida, os sequestradores levaram as onze vítimas para um local abandonado. Nem eles nem seus corpos até hoje foram encontrados. As mães dos desaparecidos começaram uma busca por seus filhos e por justiça, e ficaram conhecidas como as Mães de Acari (local onde a maioria dos sequestrados morava).A dor e o sofrimento das “Mães de Acari” não se restringiram ao desaparecimento dos filhos. Estenderam-se na forma desrespeitosa e no descaso com que foram tratadas pelo poder público. A dor e o sofrimento estenderam-se no assassinato de Edméia Euzébio, uma das “Mães de Acari”, assassinada no dia 15 de janeiro de 1993, enquanto saía de um presídio, onde fazia investigações por conta própria em busca de obter informações que levassem a solucionar o caso. A dor e o sofrimento estendem-se até hoje na ausência de justiça, reparação e na impunidade dos culpados. “Não tem corpo não tem crime”, é a resposta que ouviram repetidamente ao longo de vinte anos das autoridades policiais responsáveis pelo caso. A dor e o sofrimento estão inscritos no corpo fatigado e na alma ofendida de cada uma delas.
Aqui, estamos enfocando a força do incondicional amor materno, que corajosamente busca por seus filhos não importando as circunstâncias...ou as consequências.
Mães da Praça de Maio, Mães de Acari, enfim sempre mães,que escreveram uma linda página na História da Argentina e do Brasil, são um indiscutível orgulho na História da Humanidade. Mostraram capacidade, decisão e Autoridade, como que a dizerem que estão prontas para marcharem em prol da justiça, e assim construírem um Mundo melhor onde a vida seja respeitada e tratada com dignidade e sentido, e valha a pena de ser vivida em comunhão e irmandade que é o destino do Humano.

SME


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