sexta-feira, 30 de abril de 2010

***** MATERNIDADE TARDIA:PRÓS E CONTRAS


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A chamada "gravidez tardia" - depois dos 30 ou 40 anos - é um fenômeno mundial. A cada dia, mais mulheres têm adiado a decisão de ter filhos, por causa da carreira profissional, falta de relacionamentos estáveis, condição financeira considerada insatisfatória ou simplesmente pela dúvida "ser ou não mãe?". Nos Estados Unidos, estima-se que uma em cada cinco mulheres tem o seu primeiro filho após os 35 anos. No Brasil, não existem estatísticas oficiais.
É fácil observar que o universo feminino mudou muito desde a década de 60. As mulheres foram para as universidades e passaram a disputar espaço acirradamente no mercado de trabalho. Paralelamente, a maternidade passou a ser adiada em troca da ascensão profissional. Acontece que, na prática, as mulheres continuam perturbadas pela dúvida: será que dou prioridade ao meu crescimento profissional ou tenho filhos?
De fato, a ciência está do lado da mulher e vem colaborando com novos tratamentos e estudos em prol da gravidez tardia. Enquanto a mulher menstruar ela poderá engravidar, porém as chances de gestação diminuem com a idade, em decorrência de vários problemas ginecológicos. Além disso, há uma diminuição da reserva e da qualidade dos óvulos.
"A gravidez após os 40 não é necessariamente uma gravidez complicada", mas a saúde da mulher é o fator decisivo. "Nenhuma mulher saudável deve desistir de um filho por medo".
De acordo com a literatura médica, porém, a gravidez depois dos 40 é sempre considerada de alto risco. Isso porque nessa faixa etária a incidência de abortos e a freqüência com que eles ocorrem é maior.
Além disso, as chances do bebê nascer com alguma alteração cromossômica, como a Síndrome de Down, aumentam significativamente. Quando a mãe tem 20 anos, apenas um bebê em cada 1.500 tem Síndrome de Down. Em filhos de mães de 35 anos, a ocorrência é seis vezes maior: uma criança a cada 250 nascimentos.
Aos 40 anos, a chance de se gerar de um filho com Síndrome de Down é de 1%. Já aos 45as estatísticas chegam a 4%, ou seja, um filho a cada 25 nascimentos".Hoje já existem exames, feitos na criança ainda no útero da mãe, capazes de detectar alterações genéticas. Porém, não é possível corrigi-las. Por isso, as mulheres que desejam engravidar devem estar conscientes do risco. E, acima de tudo, fazer um bom pré-natal.
É preciso que a mulher respeite seu desejo de ser mãe, sem perder o relógio biológico. É preciso preparar o corpo, ter uma vida saudável. A mulher pode adiar a maternidade se prevenir complicações decorrentes da própria idade na manutenção da saúde e controle de doenças, que aparecerão com o tempo como: diabetes, hipertensão, hipo ou hipertireoidismo, assim como o sobrepeso.
É importante, também, entender que num período mais tardio, as doenças associadas como os miomas, endometriose, pólipos e a idade podem ser entraves para uma gravidez fácil e natural.
Tendo a mulher adiado a gravidez para desenvolvimento pessoal, profissional ou financeiro, é possível que ela já deva ter uma reserva em dinheiro para disponibilizar em tratamento, se qualquer dificuldade na gravidez surgir...Talvez, para a maioria das mulheres pareça pouco pensada esta questão, mas é de suma importância, porque ninguém espera a aposentadoria para ser mãe.
Preparar-se para a maternidade tardia é mais trabalhoso do que deixar a natureza agir. A partir dos 40 anos, os cuidados são mais intensos com útero, ovários e dosagem hormonal que permitam a gestação natural. Por isso, os exames preventivos são essenciais desde os 30 anos.
O planejamento da maternidade é mais tranquilo para o casal com 30 anos, em plena saúde, produtividade e ascensão profissional, quando ainda fica fácil questionar: "Quanto tempo queremos esperar para ter filhos?" Fica mais difícil a decisão de formar uma família para casais com mais de 35 anos, pois enquanto o relógio biológico está tocando, a sensação de juventude e a realização profissional são argumentos eficazes para esperar um pouco mais.
Já o casal com mais de 40 anos, que tem acompanhamento médico preventivo e é saudável, posivelmente não terá grandes problemas para engravidar. Porém, se no prazo de seis meses a gravidez não acontece, o casal deve procurar ajuda de um especialista em reprodução humana. Depois de muitos exames, o profissional poderá indicar o melhor tratamento.
O fator psicológico também precisa ser levado em consideração. A Ciência já sabe, mas ainda não foi capaz de quantificar, que o estado emocional da mulher tem influência direta no sistema reprodutivo: pode alterar a produção de hormônios e a ovulação. Qual mulher não teve sua menstruação atrasada em fases difíceis da vida ou após um grande susto?
O estresse, por exemplo, é um fator que provoca queda na fertilidade. Em alguns casos, o componente psicológico pode explicar até mesmo casos de aparente infertilidade. "Existem mulheres que adotam crianças e conseguem engravidar logo depois e ainda aquelas que engravidam após a consulta com um especialista em infertilidade".
Quando o casal, no entanto, opta por fazer um tratamento e tentar uma gravidez com um "empurrãozinho" médico, é preciso estar preparado emocionalmente para enfrentar angústia e frustração. "Quanto mais avançado o tratamento, maior a exigência financeira e emocional".
"Poucos casais se dão conta realmente de que ao fazer um tratamento estão fazendo uma tentativa de gravidez. Não há garantia de que terão um bebê nos braços após nove meses".
Todavia, é bom nunca esquecer, que há aspectos positivos para a relação a dois, mesmo quando as tentativas de gravidez fracassam. "Independentemente do resultado, esta experiência (de reprodução assistida) tende a aproximar os casais. Muitos saem com a auto-estima renovada e uma sensação de segurança.Nestas circunstâncias, a ajuda terapêutica pode ser útil quando o casal se sente distante e fragilizado.
Enfim, para a mulher ser mãe ela deve estar saudável e plena. A medicina pode ajudar, mas só as mulheres inteligentes e conscientes,podem tomar a decisão de manter corpo, mente e espírito saudáveis.
Para maiores reflexões recomendamos a leitura do livro: "Infertilidade e Concepção Assistida: Um Guia para o Casal", da psicóloga Cássia Maria Avelar, editado pela Ed. Medsi.

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