quinta-feira, 6 de maio de 2010

@ SAÚDE @ _ INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL UM AMOR MATERNO REAL



Entendendo a anatomia do orgão reprodutor feminino...
A parte inicial do útero é chamada de colo, e faz a ligação da vagina com o útero propriamente dito. O colo produz uma secreção chamada muco cervical, que tem como finalidade, na época da ovulação, permitir que os espermatozóides penetrem com facilidade no útero.
A produção deste muco está sob controle do hormônio Estrogênio que cresce a medida que a mulher se aproxima da ovulação, isto é, quanto mais próximo da ovulação mais quantidade e maior qualidade do muco haverá.
A interação do muco com os espermatozóides é um dos exames fundamentais na avaliação de um problema de fertilidade.
Os problemas encontrados nestes casos podem ter uma causa ou do muco ou dos espermatozóides. No lado feminino as alterações do muco podem estar ligadas a uma incapacidade de produção, uma alteração da qualidade, o aparecimento de anticorpos anti-espermatozóides, entre outras.
No lado masculino as alterações de volume, numeração, mobilidade, e morfologia podem incapacitar o espermatozóide a penetrar, e sobreviver no muco cervical.
A inseminação artificial é um método pelo qual as mulheres resgatam o seu sonho de ser mães, lutando para suplantar todas as dificuldades descritas acima e muito mais...

COMO É O TRATAMENTO:
A fertilização ocorre na trompa, pelo encontro do espermatozóide que foi depositado na vagina e percorreu o útero e a trompa, e pelo óvulo que foi captado pela trompa no momento de sua expulsão do ovário.

O papel da mulher
Como o procedimento ocorre no momento da ovulação, os médicos precisam monitorar a paciente,para saber qual o melhor momento. Geralmente eles trabalham com ciclos induzidos:Ovulação induzida

Existem três indicações básicas: - Pacientes que não tenham ovulação. - Pacientes que tenham ovulação mas com uma qualidade hormonal baixa.- Pacientes com ovulação normal. Segundo alguns trabalhos científicos; a chance de gravidez em ciclos estimulados é estatisticamente maior que nos ciclos naturais.

São utilizados para induzir ou melhorar a ovulação, medicamentos que atuarão estimulando o organismo a produzir hormônios, ou fornecendo diretamente os hormônios que irão atuar no ovário.Todo estímulo de ovulação deve ser monitorado para que os médicos tenham a certeza da resposta, e para saberem se a dose da medicação utilizada é adequada.

Este controle pode ser feito em estimulações mais simples, apenas pela ultra-sonografia seriada.Outros de maior complexidade, exigem além da ultra-som, a avaliação da produção hormonal do ovário. Dependendo de cada caso, os médicos fazem um protocolo específico, atendendo a cada perfil hormonal, um tipo de estímulo.

A pergunta mais comum diz respeito ao uso de "hormônios". Habitualmente os hormônios que atuam diretamente no ovário, são derivados humanos, isto é , retirados de mulheres na menopausa ou de mulheres grávidas, que possuem estes hormônios em quantidade excessiva.

Os que agem estimulando o organismo a produzir hormônios, estes são sintéticos, mas a atuação deles se faz à distância. Outra dúvida comum é: eles engordam? O estímulo da ovulação produz uma quantidade maior de hormônio ovariano, o que faz com que a paciente apresente uma certa "inchação", que habitualmente desaparece com a parada do medicamento.

Contudo, é necessário que as pacientes não culpem somente o medicamento. Lembrem-se que um estado tencional pode fazer com que haja um aumento da "fome".

Os protocolos de estimulação da ovulação conseguem aproximadamente 80% de resultados no que se refere a ovulação. Os 20% restantes são de má resposta à indução ou retenção folicular ocasionada por flutuações inadequadas dos hormônios.

Papel do homem
O esperma é formado pelo líquido seminal e pelos espermatozóides. Na inseminação, o importante é a quantidade dos espermatozóides, sendo o líquido seminal dispensável. Na inseminação, os médicos colocam os espermatozóides acima do colo do útero, e sabem que este tem uma ação o de transporte e nutrição só até a vagina, na inseminação ele é substituído por um meio de cultura adequado.

Para isto eles realizam uma espécie de lavagem do esperma. Após a ejaculação o esperma é misturado a um meio de cultura, e sofre uma separação por centrifugação, o que faz a parte sólida (espermatozóides e células) se separarem do meio líquido. Em seguida eles colocam esta parte sólida com uma certa quantidade de meio de cultura, em repouso na estufa.

Os espermatozóides, pela sua mobilidade, irão nadar para o meio de cultura. Os medicos coletarão então só o meio de cultura, que deverá conter apenas os espermatozóides mais móveis, e será esta amostra que eles inseminarão. Além desta técnica, os médicos dispõem de outras técnicas de "lavagem", que utilizam de acordo com a qualidade espermática.Todas têm a mesma finalidade, conseguir o maior número de espermatozóides, com a melhor mobilidade, e a melhor morfologia.

Tipos de Inseminação:
Os médicos sabem, que uma ejaculação normal, depositaria na vagina no momento da relação sexual, aproximadamente 80 a 100 milhões de espermatozóides (esperma total).

Sabem também que é necessário em torno de 100 mil espermatozóides em contato direto com o óvulo, para que uma fecundação ocorra in vitro. Seguindo este raciocínio, eles observam que do total ejaculado, apenas 1% dos espermatozóides chegarão efetivamente ao objetivo final.

Isto deve-se a vários fatores, quais sejam: Eliminação de aproximadamente metade do ejaculado entre a perda natural pelo refluxo que ocorre pela vagina ao término do coito, e pela destruição natural do contato com a secreção vaginal.Como a ejaculação não se dá ao mesmo tempo que a ovulação, os espermatozóides vão se deteriorando neste período de tempo.

Muitos deles tomam o caminho da trompa errada, outros passam do local da fertilização e caem no abdômen.

Enfim, estes e outros fatores levam ao fato de que o homem necessite um número tão grande de espermatozóides, para que apenas um seja o escolhido para fecundar o óvulo.

Na inseminação, o que é feito, é colocar os espermatozóides o mais próximo do óvulo, no momento mais adequado, e com isto suplantar ou o obstáculo feminino, ou a alteração masculina.

Atualmente,a técnica que apresenta os melhores resultados, é a inseminação intrauterina. A sua realização é simples e indolor.

Em posição ginecológica, o médico tem acesso ao colo do útero, com abertura da vagina por um especulo, que é o aparelho utilizado para exames ginecológicos corriqueiros.

Após a desinfecção do orifício do colo, é introduzido um cateter até o interior do útero, ficando a aproximadamente 1 centímetro do seu fundo, na zona mais próxima das trompas. Nesse momento é injetado o concentrado de espermatozóides que está diluído em 0,2 ml de meio de cultura.O cateter é retirado, não havendo refluxo da amostra, a paciente pode se levantar e retomar a sua atividade normal. Não é necessário repouso ou modificação na vida pessoal.

Habitualmente são realizadas duas inseminações a cada ciclo, sempre em torno do momento ovulatório, com intervalo de 24 horas. Existem outras técnicas de inseminação que podem ser utilizadas, mas que até o momento não se mostraram ser superiores, em termos de resultado.

RESULTADOS:
Os médicos entendem que a chance natural de um casal que não apresente dificuldades, se situa em torno de 25% a cada ciclo, de engravidar e levar a sua gestação até o término.

Quantas vezes tentar?
O número dependerá de cada caso e vários fatores devem ser levados em consideração. O que fazem os médicos habitualmente é tentar seis (06) ciclos, e ao final se não forem obtidos resultados satisfatórios, será necessário reavaliar o caso, para planejar uma outra estratégia de fertilização assistida ou persistir no tratamento, pois é muito importante ter em mente que a cada ciclo as mães terão sempre a mesma chance.

(SME - respondendo suas dúvidas)

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