quarta-feira, 12 de maio de 2010

@ SAÚDE @ _ TRISTES MÃES DEPRIMIDAS _ CID?


Hoje, em consequência do crescimento da fria alienação filial, as mães podem estar fadadas a um futuro próximo de substituição...de negação... ou, quiça, de extinção do seu histórico e abençoado papel na formação da família e da sociedade. Alguns analistas e sociólogos consideram o sintoma da indiferente alienação filial, um fato expressivo das contradições sociais do século XXI. A juventude ocupada com o imediatismo dos multiplos prazeres mundanos, revela a patológica identidade destes sujeitos perdidos entre as referências materiais e voláteis do mundo contemporâneo.
Estes filhos alienados e ingratos, desconhecem os limites do bom senso, arrogantes e gananciosos não incomodam a cruel sociedade em que transitam, por ser grande a sua voracidade para a imensa festa do consumo que anima a vida social no mundo industrializado. O apetite irresponsável destes jovens por novas diversões vem alavancando as vendas da indústria de entretenimentos...e nesse mundo inescrupuloso de estonteante luxúria e fantasias no vale tudo... vale tudo mesmo.
Jovens irresponsáveis, indiferentes para com os direitos do próximo, intolerantes e agressivos, são potencialmente uma bomba relógio, pronta á explodir...matar.
O processo de desarticulação e degeneração da família vem sendo gradativo. Hoje, a indiferença dos filhos para com suas mães é um fato inegável. Os filhos não são mais inocentes rebeldes, mas, viajantes de um voo surrealista e bem mais distante do que já foi considerado um extremo impensável na última década.
As decepções, as angústias, as mágoas, o desencanto e a depressão, são presenças constantes nas lamentáveis histórias maternas.
Na atual conjuntura das animosidades persistentes na delicada relação mães e filhos, está se tornando lugar comum a multiplicação das mães depressivas, ainda não adequadamente rotuladas segundo a lista de sintomas elaborada pela Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mães depressivas, não são uma anacrônica e sucateada espécie de robo materno...mas, mães comuns, de diferentes idades e classes sociais, que sucumbem frente ao comportamento indiferente, egoísta, selvagem e agressivo dos filhos.
Existem diferentes graus de depressão. Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, a mãe atingida por este sofrido adoecer, apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos "somáticos", por exemplo, perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante,agitação,perda de apetite,perda de peso e perda da libido.
Infelizmente, a sociedade adoeceu,em seu ventre apodrecido, jovens sociopatas multiplicam-se, esta é,uma juventude desviada do caminho do bem e da virtude, que intencionalmente vem banalizando a vida de muitas maneiras. Assim sendo, o conceito família precisa ser repensado...as mães estão sendo abandonadas nos asilos quando envelhecem, outras são simplesmente esquecidas enquanto ainda úteis e independentes e, uma trágica minoria, pertence ao grupo das mães agredidas, aquelas que por motivos torpes, os filhos assassinam.
Neste contexto de diferentes possibilidades da crueldade filial, é preciso frizar, que não basta denunciar apenas o extermínio físico sofrido por tantas e anônimas mães, mas também o moral, o emocional e o social, hoje fato bem corriqueiro nas famílias e que também fere e marca profundamente, a vida das mães maltratadas e esquecidas pelos filhos ingratos. As mães sonham em ser para os filhos âncoras da sua vida. Contudo,só o tempo revelá quem realmente serão os filhos por quem sacrificaram a própria vida.Que mãe não entristece e fatalmente deprime,quando percebe, que o coração do filho é um abismo profundo em que no fundo habitam a maldade e a ingratidão?
As mães depressivas, representam no momento, um enorme potencial para o mercado que trata e conforta estas desesperadas, frágeis e sofridas criaturas. Do ponto de vista da Psicologia, a depressão aqui relatada, resulta do empobrecimento da vida psíquica, sobretudo no que se refere à possibilidade de enfrentamento de conflitos e perdas. A mãe continuamente depressiva tende a adoecer física e psiquicamente. De fato, o elevado grau deste entristecer sem esperanças, o recolhimento na escuridão de si mesma, a solidão descomunal e o desencanto existencial, são entraves que atrapalham o rendimento da vida pessoal destas mães.
Mães esquecidas e profundamente deprimidas, no auge de suas dores psíquicas, chegam a perder a competência para lutar por seu inequívoco direito humano de ser saudável e feliz. Quanto mais elas se tornam tristes e silenciosas, observa-se um estranho conluio entre a sua depressão e o desejo de alívio através da morte.
A depressão que arrasta este depalperado ser humano para o abismo da negação da vida, não é de difícil identificação, muitos sinais alertam para os perigos desse mal insidioso e orientam estas mães, seus familiares e amigos, a detectar os primeiros sinais desta brutal doença que pode levar ao suicídio.
Muitas são as causas existênciais capazes de gerar depressão, porém, sendo o desamor filial o causador direto do adoecer materno, a mãe precisa de orientação e apoio especializado urgente. Fazer um diagnóstico correto e buscar suporte nos antidrepessivos, é uma excelente estratégia para resgatar esta mãe da falência existencial que fatalmente se aproxima da morte.
O tratamento é árduo, as recaídas são inúmeras, mas muitas tragédias podem ser evitadas se a luta pela vida se impor determinantemente. De modo geral, no curso do tratamento a mãe percebe que a atitude mental frente aos fatos que açoitavam sua alma foi mudando...e mudou para a celebração da vida, apesar de tudo e além de tudo o que já aconteceu!
Enfim, é possivel concluir este texto,compreendendo porque faz diferença vencer esta dura prova familiar. A mãe recuperada, torna-se liberta das culpas, dúvidas e velhos temores. Com coragem e fé, ela se torna capaz de reescrever sua breve história de vida, amando mais a si mesma. Certamante, seu novo estilo de pensamentos e atitudes ficou “pra cima”,e plenamente recheado de expressões positivas que celebram as delícias da vida.

(SME)

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