terça-feira, 18 de maio de 2010

***** LIBERDADE MATERNA SEM CULPA


...Os filhos anseiam por liberdade, mas o que fazem quando se tornam livres das "chatas" cobranças familiares?
A vida em família exige que se preste inenarrável atenção uns nos outros. Atenção que deve gerar respeito e consideração. Mas, mães e filhos nem sempre estão em sintonia e isso pode produzir, agressões, conflitos, mágoas e ressentimentos.
O amor materno requer paciência constante em relação aos filhos. E, o exercitar do perdão, nem se fala...
O amor e a solidariedade que as mães sentem naturalmente dentro delas pede isso. Nenhuma mãe pode magoar os filhos que ama sem sofrer. Toda mãe quer ver os filhos crescerem com saúde e bons costumes. Os filhos não vem com manual de funcionamento e o aprendizado sobre a natureza deles pode ser muito difícil e doloroso...
Como acertar? Difícil generalizar resposta tão complexa. Todavia, nas decepções e frustrações causadas pelos filhos, antes da mãe satisfazer a suas naturais carências afetivas, ela deve refletir muito, avaliando e repensando nas conseqüências de atitudes que possam aumentar os conflitos familiares. As duras acusações e as lamentações sem fim, que inequivocamente não serão ouvidas, ou o que é pior, produzirão um distanciamento ainda maior nas relações familiares, também precisam ser inteligentemente dosadas...ou evitadas.
De fato, filhos adolescentes ou mesmo os já adultos, cometem erros que podem desembocar no poço das preocupações maternas redobradas. É difícil fazer com que os filhos jovens entendam, que liberdade não é a realização de todas as suas vontades. Não é ser desta ou daquela maneira, como bem entendem, e sem dar qualquer satisfação...
O desafio de educar um filho rebelde e ingrato pode se tornar gigantesco, mas é missão divina que deve ser levada a termo.
O relacionamento entre mães e filhos está longe de ser fácil, porém não é impossível, e o diálogo familiar deve ser tentado sempre...ainda que falhe na continuidade.
É tarefa árdua da mãe inteligente e paciente, ensinar aos filhos que a verdadeira liberdade requer responsabilidade e solidariedade para com os outros. Que liberdade é um prêmio não adequado para indivíduos preguiçosos e inúteis. Que a liberdade que liberta o ser, deriva da alma, e se revela através da coerência entre o que ele pensa e a forma como ele atua responsavelmente no mundo.
A boa mãe racional está longe de se afogar em ansiedades e culpas, ela não transita pela vida amarrada ao sentimento maternal de se anular em função dos filhos.
Mãe emocionalmente saudável, é aquela que evoluiu paralelamente ao crescimento dos filhos e se tornou livre dos apegos que fatalmente adoecem o relacionamento familiar.
Mãe que é mais do que mãe, é também uma mulher assumida. Aprendeu a amar a si mesma, e desabrochou em todos os aspectos da sua natureza humana.
Mãe guerreira sabe ser livre, ela é capaz de agir de modo coerente com o que pensa. Respeita as normas morais e, em cada crise familiar, ela toma decisões amorosas, firmes, e sábias.
Com essa mulher não existe talvez...Sabe dizer “sim”, sabe dizer “não”.
Na vida familiar, é preciso que todos aprendam a aceitar certos limites para as suas vontades, pois isto é sinal de maturidade, não de resignação e conformismo. É sinal de força, não de fraqueza.”
(SME)

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