quarta-feira, 19 de maio de 2010

@ SAÚDE @ _ AUTOESTIMA AOS 65 ANOS É TUDO DE BOM!


SME _ INFORMAÇÃO

Um belo dia, aos 65 anos de idade, a mulher olha-se no espelho e constata: “Já não se fazem mais espelhos como antigamente”. Filosofando sobre a beleza, o filósofo Sócrates saiu-se com essa: “A beleza é uma tirania de curta duração”.
A frase, atribuída a Sócrates, tem uma outra tradução, igualmente significativa: “A beleza é um reino muito pequeno”. Se copiarmos estas três frases, colocarmos em frente ao espelho e olharmos para elas todas as manhãs, talvez consigamos entender melhor o que é essa tirania que nos foi imposta por padrões estéticos na maioria das vezes cruéis, fúteis e inatingíveis.
“A maior oposição a essa ditadura é: aceitar-se d verdade! Valorizar o que há de melhor em nós. Desenvolver, aumentar e preservar a mãe de todas as vinganças contra a ditadura estética: a AUTOESTIMA”.
É certo que aos 65 anos nossa imagem no espelho não reflete a juventude dos 20. Mas por que deveria? Por que devemos travar uma briga de foice com a natureza – seja pelo inevitável passar dos dias, por um biótipo que não permite ter o corpinho de uma sílfide, por um rosto que tem, como marca e personalidade, um nariz um pouquinho maior?
Por que não podemos nos livrar dessa tirania de curta duração, abrir caminhos para além deste "pequeno reino da beleza" e aceitar que os espelhos estarão sempre aí, e o que importa é que eles nos reflitam exatamente como somos.
Respostas mais freqüentes... que às vezes respondem por vias tortas:
a) _ Porque a primeira impressão é a que fica.
É claro que, quando queremos conquistar alguém, queremos passar a melhor das impressões. Mas a primeira impressão inclui charme, leveza, simpatia, um delicioso perfume, uma conversa interessante, descontração e estar à vontade com o que somos.
b) _ Porque temos à mão a tecnologia para melhorar o que não gostamos. Como não aproveitar?
Não somos pré-históricas. É claro que podemos e devemos aproveitar o que a indústria de cosméticos tem a oferecer – bem como as novas técnicas dermatológicas, as novidades no campo da cirurgia plástica. O problema é o que leva a mulher a procurar esta "reparação" em si mesma (ou na imagem que tem de si mesma) e o grau de obsessão que isso atinge.
c) _ Porque somos cobradas o tempo todo por beleza e juventude.
Sim, somos mais cobradas do que os homens. A eles é concedido o direito de uma barriguinha. O grisalho dos cabelos confere "charme". A falta de cabelos, com o advento da máquina zero, deixou de ser um problemão. Mas somos cobradas em outros campos também e nem por isso temos obsessão por fazer três doutorados, aprender 16 línguas, etc. Então, por que a cobrança com a beleza e a juventude nos atinge mais do que a essas outras?
d) _ Porque podemos aumentar nossa autoestima, se mudamos algo que nos incomoda.
Agora, a resposta mais importante – e mais errada: aumentar a autoestima através de cirurgia plástica e intervenções em consultório, dietas à base de nada, técnicas mirabolantes para transformar os cabelos em fibras de seda é a mais profunda inversão de valores que se pode fazer.
Este especial de beleza está dividido em três abordagens correlativas:
a Beleza Utópica, a Beleza Real e a Beleza Plena – na esperança de mostrar que a ditadura da beleza, como qualquer ditadura, é refratária, aprisionadora, excludente, e pode trazer conseqüências sérias. Bem mais sérias do que aquela ruga que teimou em aparecer no canto dos olhos ou aquele pneuzinho lateral. Pode acreditar. A maior oposição a essa ditadura é: aceitar-se. Valorizar o que há de melhor em nós. Desenvolver, aumentar e preservar a mãe de todas as vinganças contra a ditadura estética: a autoestima.

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