quarta-feira, 12 de maio de 2010

***** MATERNIDADE NÃO SE APRENDE NA ESCOLA...


Mães e filhos que sabem se ouvir é benção, é dádiva divina! Deus aprova a paciência amorosa das mães e dos filhos que se escutam tal como sabem ser. Contudo, isso só acontece, quando as mães estão devidamente amadurecidas e não se revelam orgulhosas, arrogantes, ou impacientes. O relacionamento entre mães e filhos sempre esteve longe de ser fácil! Educar é um sem fim de desafios inimagináveis.
Existem mães, com comportamentos racionais, que provocam nos filhos as ações e reações necessárias para o seu crescimento humano e espiritual.
Podemos chamá-las de mães espelhos ou instrumentos de paz, e, como as mães aprendem com os filhos quando se permitem estar em sintonia com eles e com Deus.
Mas, mães despreparadas, que não tiveram um bom referencial materno, inconscientemente se pergutam:" não tenho nada a ver com este filho rebelde! estou cansada, quero viver! Onde está o meu espelho? E, se ele é o meu guia, meu instrumento...quero saber "do que", qual é o aprendizado que me falta? Neste momento de angustias e revoltas, também surgem culpas. "Que será que eu fiz para merecer isso?"
É na intimidade do lar, que mães e filhos devem aprender a ter a paciência necessária com aquele que estiver tentando se expressar, e que muitas vezes não sabe fazê-lo, porque não aprendeu, não teve chance etc. Mas, para que isso ocorra verdadeiramente, mães e filhos precisam ser humildes e exercer a arte da sensibilidade, da captação correta daquilo que o outro está dizendo, compreendendo que sua fala se baseia na experiência de vida que teve! E tem que ter muita tolerância, humildade e equilíbrio emocional para entrar na descompesada energia do outro, mantendo as suas fronteiras psíquicas integras. Ouvir com boa vontade é a dádiva divina que permite mães e filhos manifestarem amor, respeito, ternura, dedicação, afeto e amizade. Mas, sem exercitar a humildade eles apenas se julgam e se condenam!
Então, antes que mães e filhos comecem uma discussão, é necessário que aprendam a parar e reflitir: "O que será que meu filho quer me dizer? O que será que minha mãe quer me dizer? Suas colocações fazem sentido para mim? Palavras podem ser interpretadas de acordo com as referências de quem escuta, e pior, de acordo com os padrões mentais e emocionais de quem escuta. Eis porque acontecem tantos conflitos e desencontros entre mães e filhos.
Então, o que fazer na prática? " É fundamental que tanto as mães quanto os filhos, não tirem conclusões precipitadas, não tomem atitudes intempestivas, baseados naquilo que imaginam estar ouvindo..."
Principalmente em relação as mães, possivelmente mais experientes do que os filhos, é aconselhável não reajir antes de compreender o que o filho tentou dizer"! Talvez neste momento, o SILENCIO SEJA MESMO DE OURO!
Quando as mães se desesperam com o comportamento dos filhos, elas mudariam essa indesejável situação se fizessem uma introspecção conectadas a Deus. Há mães cuja serenidade se baseia nessa reflexão: Se essa é a minha missão, o caminho que devo percorrer, e o meu Deus quer o melhor para mim e para meus filhos, por que continuar me desesperando e sofrendo com essas situações que fogem ao meu controle? Com certeza eu tenho algo muito especial para aprender e devo evoluir aqui, no cotidiano do meu lar! A partir de hoje eu vou mudar a minha atitude mental frente ao que não posso mudar no mundo!
De modo geral, as mães sofrem muito com a indiferença e ingratidão dos filhos. Mas isso não pode ser resolvido com acusações, lamentações ou afundamentos no poço da depressão. Para crescer e ir além do sofrimento, as mães precisam buscar apoio especializado, e fazer com fé as suas orações. Porque, sem essas conexões humanas e divinas, as mães ficam rigidamente escravas da sua personalidade e da personalidade dos filhos.
Resistindo em mudar o foco e redirecionar a vida para outras compensações, a mãe não aceita e não compreende, as mensagem que Deus quer lhe enviar através das provas familiares. Tentar decifrá-las através do mental e da palavra é apenas o começo do caminho.
Na maioria das vezes, as mães e os filhos falam ...falam, mas não se comunicam. Para ocorrer uma comunicação saudável entre mães e filhos "pensamentos, sentimentos, e ações", eles devem estar sintonizados e integrados, primeiramente dentro de cada um deles. O ego pode ser um bom articulador ou um cruel sabotador, por isso, as palavras ditas através do mental egóico, limitam e truncam essa já complexa comunicação familiar. Os especialistas em comportamento humano, teorizam que: " a alma fala através do sentimento, a personalidade através de palavras, e só conseguimos reconhecer uma verdade de acordo com o sentimento que temos em relação a elas".
Não conseguir uma boa comunicação é um terrível problema no relacionamento mães e filhos. Não saber se comunicar, de fato faz toda a diferença, principalmente quando se trata de ensinar os limites de cada um e as regras sociais que devem ser respeitadas.
A maioria dos problemas familiares, surgem das truncadas e péssimas comunicações entre mães e filhos. Daí decorrem os conflitos, os ressentimentos e as agressões mútuas que formam um novelo repleto de nos, onde até mesmo no processo terapêutico, nem sempre é encontrado o" fio da meada".
Mas, em tudo na vida existe um limite, quando o relacionamento familiar exige limites radicais, a mãe precisa aceitar que é o momento de parar tudo, e tomar um novo rumo, sem culpas ou medos. Amor materno não serve como desculpa para aceitar todos os erros e desatinos dos filhos! É difícil? Sim! Mas sem racionalizar a vida de forma inteligente tudo não passa de um desperdício de boa energia...e a confusão familiar torna-se interminável...A mãe descompensada questiona, e o filho rebelde responde contrariado. Cada um com sua versão, mãe e filho se sentem prejudicados...injustiçados.
Quando se trata de educar e dar limites na vida dos filhos, é quase certo o surgimento de contestações, lágrimas e brigas desgastantes.
Porém, as mães tem o dever humano e divino de formar o caráter dos filhos, ensinando-lhes sobre o que é certo ou errado no contexto social em que vivem. Cobrar responsabilidade e bom senso, nunca foi fácil quando se trata de jovens temperamentais...rebeldes...hostis.
Nesse embate familiar, cada um tem a sua verdade e ninguém percebe, dentro desse emaranhado, que está fora de seu centro. De modo geral, mães e filhos ficam mais preocupados em fazer prevalecer a sua verdade, em provar que estão certos, em mostrar que sofrem...
CUSTE O QUE CUSTAR, JAMAIS DEVE FALTAR BOM SENSO E DISCERNIMENTO NAS AÇÕES MATERNAS. Com Discernimento, as mães exercitam a razão e intuição necessárias para interagir com os filhos, sem desconsiderar as necessidades e sentimentos de ambos.
Como em qualquer relação, no relacionamento mãe e filhos ambos dão muita importância para as palavras ditas... ou não ditas... mas, elas só surtem efeito se ambos forem bons ouvintes, se tiverem a paciência de dialogar respeitosamente.
Mães e filhos não são iguais, não começaram o tempo de vida no mesmo momento...são gerações diferentes. O conhecimento que possuem está relacionado com as experiências que já viveram, e em cada geração existem transformações que revisam os conceitos de educação, as crenças, e os padrões de interação social.
Somente quando a mãe percebe este inevitável movimento da sociedade, ela compreende que os filhos criados por ela não são seus, vivem diferentes experiências extra-lar, e também verdades, conceitos, definições diferentes em relação às mesmas situações já vividas por ela na sua distante juventude. Portanto, os conflitos permanecem, se mães e filhos não estiverem dispostos a se ouvir com o coração e mente abertos.
No relacionamento mães e filhos, a comunicação só se torna elevada quando as palavras brotam do coração. Mães e filhos precisam dialogar sempre, o silêncio oriundo dos desentendimentos e ressentimentos mútuos matam este sublime e delicado afeto.
Amor e perdão são bons remédios quando as brigas familiares produzem profundas feridas na alma. Todavia, quando as situações referentes ao com portamento dos filhos for dramática, a mãe, ainda assim, deve falar e agir com o coração.
Quando mães e filhos se afastam literalmente da raiva, ou da violência expressa em atitudes lamentáveis, as palavra que saem do coração de ambos, fluem naturalmente. O resultado disso, é que aquele que está ouvindo, mesmo que não esteja alcançando o objetivo final do diálogo, vai sentir a energia amorosa presente no outro, e, no mínimo, vai parar para pensar e refletir, antes de contestar ou passar dos limites.
Mães e filhos são seres mortais e imperfeitos, só podem dar aquilo que possuem dentro de si mesmos. Partindo dessa premissa, a fala de ambos flui da forma como sentem e pensam a vida. Se só podem dar aquilo que aprenderam, e não irão além destes limites enquanto não amadurecem e evoluirem... o que fazer? Cabe então, de certa forma as mães, por viverem a mais tempo neste mundo, o esforço constante de buscar o necessário equilíbrio e bom senso, no calor dos conflitos familiares.
O bom exemplo, é a melhor e mais poderosa forma de comunicação das mães para com os filhos. Gritos, palavras de baixo calão ou adjetivos desmoralizantes, jamais educam ou tornam os filhos melhores! Passar boas experiências é tudo de bom! Os filhos precisam acreditar naquilo que as mães falam, por isso as mães precisam praticar o que falam.
Mãe tem que se atualizar, estudar, aprender o novo, evoluir! A mãe inteligente não se desespera, não se sente impotente, não se atira no poço da depressão. Mãe feliz, vive a própria vida e jamais se torna a carente sombra dos filhos.
MÃE, a hora é agora. Pare de sofrer, observe, pense: "O QUE ESTÁ FALTANDO PARA QUE EU ME LIBERTAR DO QUE ME AFLIGE?"
Ser mãe não é ser consumida em um contexto familiar inadequado ao seu equilíbrio psíquico. Coragem, comece a viver! A partir daí, ocorrerão grandes mudanças dentro de você e em seu destino.

(SME)

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