domingo, 2 de maio de 2010

***** SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE UM HÁBITO SAUDÁVEL



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Engana-se quem imagina que pessoas mais velhas são assexuadas. A sexualidade na terceira idade, é um tema delicado, comumente negligenciado pelos profissionais de saúde,e menos ainda entendido pela sociedade, que de muitas maneiras o tenta deletar de suas prioridades.
A atividade sexual humana depende das características físicas, psicológicas e biográficas do indivíduo, da existência de uma companheira e de suas características, depende também do contexto sócio-cultural onde se insere o idoso
A crença equivocada, de que o avançar da idade e o declinar da atividade sexual estejam inexoravelmente ligados, foi durante muito tempo o fator responsável, para que os estudiosos da sexualidade humana não prestassem atenção suficiente a uma das atividades mais fortemente associadas à qualidade de vida, como é a sexualidade.
A sexualidade numa idade mais avançada tem sobretudo a ver com aquilo que a pessoa foi em jovem.Costuma-se dizer que, para o idoso ter uma vida sexual ativa, ele tem que ser saudável física e emocionalmente durante toda a vida.
Na terceira idade, a sexualização do corpo continua mas é muitas vezes feita de "equivalentes sexuais: carícias, beijos, apalpões e dormir encostados como duas colherzinhas."
Nos homens, o ato da conquista mantém a importância da juventude devido à educação, ao meio social e à testosterona. Mesmo em casos de disfunção erétil, o desejo continua. Certos homens idosos, impedidos de viver a sua realidade sexual, apresentam um profundo entristecer. Nos casos, em que os homens valorizaram muito a parte sexual, eles chegam a dizer que não vale a pena continuar a viver...
De modo geral, os homens diferenciam sexo e sexo com amor. Por outro lado, por associar mais o sexo ao afeto, as mulheres ao envelhecerem, passam melhor sem atividade sexual. Evidentemente, existem as excepções à regra, porém,as mulheres se não tiverem carinho e um projeto comum, preferem fingir que estão dormindo...
A expectativa de vida em países desenvolvidos tem aumentado espetacularmente. Consequentemente, as questões pertinentes a sexualidade dos idosos tornou-se um fato real, associado a outros, compatíveis com as necessidades e interesses pertinentes a essa também importante etapa da vida humana.
Embora esse tema não tenha nos últimos anos, recebido a devida importância da sociedade, a qual insiste em acreditar comodamente, que a atividade sexual desapareça com a idade. Hoje,os idosos estão se mobilizando para viverem o que entendem ser por direito, ainda deles. Viver e gozar todas as suas possibilidades...
Muitas pessoas, na chamada "boa idade", continuam sendo sexualmente ativas, e mais da metade dos homens maiores de 90 anos, referem manter interesse sexual. Mas apenas menos de 15% deles podem ser considerados sexualmente ativos.
Os idosos querem lidar bem com suas possibilidades e limitações, mas, dificilmente a entrevista médica, tem valorizado as queixas sexuais dos pacientes idosos. Isto dá aos pacientes idosos, a nítida impressão de que os médicos evitam esse assunto por medo de não saberem lidar com esse tema... por medo de não saberem o que fazer com as respostas que os pacientes idosos podem dar...
Assim sendo, se a sociedade evita o assunto e os profissionais de saúde também evitam o assunto, a maioria dos pacientes idosos são reprimidos e lamentavelmente se calam movidos frente a estes indesejáveis constrangimentos.
Entretanto, transformações sutis estão ocorrendo. Não é difícil observar, que a sociedade está visivelmente envelhecendo,e o panorama sexual da terceira idade antes abandonado ao conformismo e a apatia cultural, está mudando.
Historicamente, o tabu construído em relação a atividade sexual na terceira idade, se deve em linhas gerais, ao equívoco da relação sexual sempre ter sido considerada uma atividade própria, e quase monopólio, das pessoas jovens, das pessoas com boa saúde e fisicamente atraentes. A idéia de que as pessoas de idade avançada também possam manter relações sexuais não é culturalmente muito aceita, preferindo-se ignorar e fazer desaparecer do imaginário coletivo a sexualidade da pessoa idosa. Apesar desses tópicos culturais, a velhice conserva a necessidade psicológica de uma atividade sexual continuada, não havendo pois, idade na qual a atividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo acabem.
Devido ao desconhecimento e à pressão cultural, numerosas pessoas de idade avançada, nas quais ainda é intenso o desejo sexual, experimentam um sentimento de culpa e de vergonha, chegando a crer-se anormais pelo simples ato de se perceberem com vontade do prazer. Os idosos se distanciam e esquecem de seu próprio corpo e, tanto quanto ou mais que na infância, a sociedade impõe que a sexualidade deva ser totalmente ignorada na velhice. Ainda existe o problema da literatura médica, repleta de estudos sobre atividade sexual, considerar a sexualidade exclusivamente calcada no coito, não compreendendo ou concebendo outras atitudes, condutas e práticas igualmente prazerosas.
A atividade sexual nos idosos tem sido considerada inapropriada por largos segmentos de nossa sociedade, desde a família até a mídia. Alguns entendem a atividade sexual nos idosos até mesmo como imoral ou bizarra. Nossa cultura aceita mal a existência de sexualidade nos idosos, e quando eles apresentam qualquer manifestação de interesse sexual, são freqüentemente discriminados. De modo geral, não se considera correto falar disso, nem pleitear a existência de problemas relacionados com a sexualidade do idoso.
Felizmente, deixando de lado a hipocrisia...hoje se constata, profunda mudança com respeito à sexualidade na terceira idade, o que tem permitido um aumento do número de pessoas idosas que buscam conselho e tratamento para suas eventuais disfunções sexuais. Estudos científicos sobre a sexualidade na terceira idade, já não deixam mais dúvidas, sobre a inerente capacidade que a maioria das pessoas de idade avançada possuem, para ter relações plenas e sentir prazer, em toda a gama das atividades a que se entregam as pessoas mais jovens.
Em resumo, não há nada de errado com as pessoas da terceira idade, que desejam namorar e fazer sexo. Já está mais do que na hora, da sexualidade no idoso, deixar de ser visto como um tabu e uma atividade esmaecente.

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